Poema - Novas Flores do Riso

Poema escrito por Joaquim Machado.

Um certo tempo ficou Narciso, caído em soluço compassado.
Em código Morse indecifrado, leva o Riso atrás do Riso...
Noutro dia vi Amor-Perfeito, tão pequeno e tão delicado..
Do seu Riso mal avistado, sobrou Sorriso belo e feito.
Um Goivo, em pose de sentado, confortável em baixo assento,
conduz o Riso a cem por cento no seu Ferrari Dourado.
De lingua brejeira, a ligeira Azahar, traz tanto e tântrico Riso...
diz com naturalidade e siso: sou flor, mas vou casar!
A Coriola, trepando vistosa, provoca qualquer jardineiro.
Difunde, sem pedir primeiro, cascatas de Riso e de Prosa.
Gladiolo, que por convite, se plantou neste canteiro,
alegrou o jardim inteiro com ordens de Ri-te, Ri-te!
Um Martírio, na idade insegura, teme reclinar-se para o chão.
Levantando-se Ri com paixão; não lhe dá já a tontura...
Uma Lunária rara no jardim, em melancólia Quaresma...
Sorrindo não é amesma; floresce, sem receio, para mim.
Boas-Noites, surgindo logo atrás, como guradiã do Riso educado.
Abre-se à luz...à noite fechado. Alvo brilho de estrelas anãs...
Em jeito jovial que não cansa, ventoinha que gira e mostra o dente,
Floges, desde sempre sorridente, transporta o Riso da criança.
Elegância embaraçante, a Tulipa, na expectativa se mantem e fica.
Num repente nos explica porque seu riso não se antecipa.
Anastácia vem voluntariosa com seus triunfos na manga.
Expões-nos quando solta a franga; Rindo descarada e radiosa!

Ze07 "Sorriso Secreto" Joaquim

Muito obrigada.
Fartei-me de rir.....

sabrina@sorrir.com