Ser Feliz, é uma Decisão?

terça-feira, setembro 12, 2006

Psicologia Positiva


O futebol, e a felicidade que este desporto dá aos seus adeptos é um dos mistérios que agora fascina Martin Seligman, conceituado psicólogo norte-americano que, a partir de um acontecimento banal no jardim de sua casa, em 1999, iniciou uma verdadeira revolução na sua especialidade. Nikki soltava as suas pequeninas gargalhadas, enquanto rodopiava sobre si própria, recebendo em cima da cabeça a chuva de ervas e flores que acabara de provocar. Seligman, o seu pai, havia amontoado, durante horas, com um rigor obsessivo, esses «excedentes» que lhe arruinavam o quintal, e zangou-se. «Pára já com isso!» A criança obedeceu, desapareceu por uns instantes, mas depois voltou, pedindo atenção. «Preciso de falar contigo», exigiu do alto dos seus 5 anos. «Lembras-te de como eu passava a vida a fazer birras? Pois bem, no meu último aniversário decidi que isso ia acabar.» O pai olhava-a estupefacto. E ela rematou: «Se consegui deixar de ser rezinga, tu também tens de conseguir deixar de ser chato.»
Martin Seligman diz que esse momento foi crucial na sua vida porque se sentiu uma fraude: «Há mais de 40 anos que procurava levar sol à vida das pessoas, mas era uma nuvem negra e ameaçadora na minha própria casa.» Foi então que decidiu mudar. Mas assaltou-o uma série de questões: o que determina a nossa capacidade de mudança, adaptação e resistência à adversidade? Que forças e virtudes podemos usar nesse caminho? Poderemos todos deixar de ser «rezingas» e «chatos»? Será possível criar uma ciência que estude só o melhor de nós próprios?
As questões faziam sentido por, ao longo da sua história, a Psicologia se ter preocupado apenas em apaziguar as dores da mente humana: ansiedade, depressão, neuroses, obsessões. O grande objectivo dos terapeutas era conseguir que um paciente passasse de um estado alienado e negativo para um patamar normal. Ou, como gosta de explicar Martin Seligman , «de um menos cinco para o zero».
Em 2000, quando foi eleito presidente da Associação Americana de Psicologia, abraçou a missão de mudar este estado de coisas. «Sentia que a minha profissão se encontrava amputada de algo importante. Não deveríamos dar-nos por satisfeitos por conseguirmos anular o que estava mal para atingir o zero. Achei urgente estudar as condições em que um ser humano evolui: descobrir como poderíamos ir do zero ao mais cinco», explica no best-seller Authentic Happiness (Felicidade Autêntica, não editado em Portugal).
E assim nasceu a Psicologia Positiva, com Seligman a conseguir desviar o interesse de centenas de investigadores da negra realidade das doenças mentais para o mundo «à direita do zero» – multiplicando os estudos académicos e científicos sobre o que realmente faz as pessoas serem felizes. Até então, muito poucos se tinham aventurado por esses territórios. E as suas conclusões, que agora começam a ser conhecidas, surpreendem.

Façam favor de serem felizes.

Equipa Sorrir
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