Ser Feliz, é uma Decisão?

terça-feira, junho 13, 2006

Perdoem-se; não amem, sejam o amor e… agradeçam!


O texto abaixo é da autoria da Lilia. A Lilia é uma voluntária da SORRIR, sempre com palavras sábias e amigas e que está onde e sempre que é preciso.
Obrigada Lília por teres aceite o convite.
Até para a semana e façam favor de serem felizes.

Ana Afonso
anaafonso74@hotmail.com


Perdoem-se; não amem, sejam o amor e… agradeçam!

Esta seria a minha resposta se me pedissem três lições que a vida me deu!
Perdoem-se! Durante anos, por circunstâncias diferentes, vivi presa, perdi energia preciosa, num dos sentimentos mais opressores – a culpa.
Porque não tinha feito o suficiente; porque podia ter sido mais inteligente e resistente, porque, porque… Levei anos a entender que tinha feito sempre o meu melhor. Se algo de semelhante vos acontecer, acreditem que, na devida altura, deram sempre o vosso melhor – à luz da vossa experiência, da vossa idade, sabedoria, conhecimento e limites físicos – fizeram o melhor e…avancem, convictos de novos começos com uma sabedoria crescente!
Não amem, sejam o amor! Na juventude, frases como, “a vida sem problemas é como um jardim sem flores”, “há solução para tudo, menos para a morte”, os problemas são desafios à inteligência, imaginação e improvisação: quanto maiores, menos convencional a solução deverá ser, eram uma constante. Quando ouvíamos “não pode ser assim” respondíamos: “onde está escrito que o não pode ser?”. Que adrenalina nos dava resolver problemas!
O tempo vai passando, os desafios sucedem-se, empregos vêm e vão, amigos vão para longe, casamos, entes queridos partem, divorciamos, tudo sempre num rodopio! E, sem saber como, vamos perdendo a “adrenalina das soluções”.
Um dia somos confrontados por uma situação (que nos é profundamente cara) cuja solução não está na nossa mão. Já tentámos tudo – fomos flexíveis, firmes, doces, optimistas, implacáveis. Abrimos muitas portas mas… não está na nossa mão! Aí, uma grande sensação de impotência toma conta de nós… Até que, concluímos que só algo se pode opor a tamanho processo destrutivo e, uma nova forma de amor nos invade – tão incondicional que entendemos que na vida temos sempre escolha! Que só esse amor nos devolve a lucidez, elevando-nos do problema. Que a impotência não existe! De tão incondicional que é vai inundando tudo o que nos rodeia, sem excepção. Depois de muita paciência, abnegação, persistência valeu a pena… porque passámos a ser o amor.
Agradecer… o facto de, em momentos difíceis, termos ficado sós.
Hoje, ao olhar para trás e rever o meu desespero e incredulidade por alguém não ter ficado comigo em momentos duros, com uma enorme ternura envolvo essas pessoas, um sorriso doce aflora e balbucio, comovida, Obrigada! Graças a elas reforcei as minhas crenças; e, em vez do café, descobri a piscina onde braçadas furiosas na água diluíam a tristeza, ficando leve e revigorada para a vida! Passei a ter mais orgulho em ter 2 braços, um para mim, sobrando outro para a comunidade. Então do sorriso passo a rir, rir, rir do modo como tudo me obrigou a mudar! Obrigada!

Lília Abreu
liliaabreu@hotmail.com

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tenho vindo a este blog e lido coisas que me fizeram pensar... e aliviar a mente!
Revejo-me neste texto pois no passado sofri mas depois tive a noção de que tudo tinha valido a pena. tudo me levou para um caminho que era o meu...
agora estou de novo numa encruzilhada... sei que o que se está a passar é para eu aprender. às vezes sinto-me impotente e outras raivosa por estar cansada de ser a única a remar e outra com ânimo pois sinto que esse alguem pegou no remo nem que seja por cinco minutos.
Fico entre a dúvida e a espera... estou a aprender a ter calma e dar tempo a quem parece que precisa dele!

terça-feira, junho 13, 2006 11:15:00 da manhã

 
Anonymous Anónimo said...

Querida Lilia, que maravilhosa lição nos acabaste de dar, acho que ansiava ouvir e ler estas palavras saindo de ti que eres preciosa e que das forza sempre. Adoro as tuas palavras e se precissas do meu brazo, cá o tens, eu ajudo-te a remar, seja para onde for.
Obrigada a ti por tudo.

Sabrina Tacconi

terça-feira, junho 13, 2006 4:37:00 da tarde

 
Blogger Shade of blue said...

"Passei a ter mais orgulho em ter 2 braços, um para mim, sobrando outro para a comunidade."

Lília, no caso de teres esquecido aquilo que te disse algumas vezes: ÉS BRUTAL!!!

Um abraço ao meu coelhinho Duracell preferido!

quinta-feira, junho 22, 2006 10:15:00 da manhã

 

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