Um quarto de século depois, revisitei estes poemas, que escrevi quando tinha 20 anos. Lembrei-me da sua existência quando me propuseram escrever para o blogue da “sorrir”, o que faço com muito gosto.
Deixo-os aqui com um sorriso de ternura por um tempo em que a minha visão das coisas era ainda muito simples, por vezes quase simplista, comparada com a que hoje tenho necessidade de desenvolver; ao mesmo tempo, com uma agradável saudade de um tempo de (re)descoberta de tudo, quase como uma idade de ouro...
Ainda hoje me revejo nessa alegria e nessa quase ingénua pureza, mesmo quando julgo ter ido muito mais longe em penetração filosófica e científica, por sentir a “obrigação” de fundamentar solidamente uma proposta de espiritualidade.
FILME
Cresçamos,
sem deixarmos de ser crianças.
Sonhemos,
sem deixarmos de ser lúcidos.
Assim sejamos,
serenamente contentes.
MISTÉRIO
É misterioso
todo o homem
realmente grande.
É misterioso
precisamente por ser
realmente grande.
De pequenos homens,
conhecidos e certos, está o mundo cheio.
Desconhecidos e com mistério
tem o mundo, apenas,
um punhado de homens grandes.
PARADOXOS
Faz-te louco,
para seres sábio.
Humilde, para seres forte.
Obediente,
Para seres livre.
DOCEMENTE
Doce corre a vida para quem
abre os braços às flores
que crescem nos campos e dentro da sua alma
e é criança e poeta e amante
e sabe que a vida não é mais que um instante
e tem a serena indiferença dos sábios
e só por amor faz mover os seus lábios.
José Manuel Anacleto
Presidente do Centro Lusitano de Unificação Cultural
www.centrolusitano.orgwww.biosofia.net
josemfanacleto@hotmail..comP. S. Caro José muito obrigada pelo post muito muito obrigada. Gostei muito.
Ana Afonso
anaafonso74@hotmail.com